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Consideremos distribuições de correntes tais que
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Vamos mostrar que há soluções distintas de e . De fato, sejam
Vamos mostrar que, qualquer que seja a superfície e qualquer que seja a curva fechada em torno da superfície,
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A primeira integral dá, pelo teorema de Stokes,
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e a segunda, pelo que vimos na seção anterior, . Logo, a Eq.(30) é satisfeita. Note-se que pode haver compensação: os dois termos não precisam ser, separadamente, nulos. Vamos agora calcular o momento magnético de dipolo devido a ambas as correntes. É praticamente uma repetição de cálculo feito anteriormente. A i-ésima componente de é:
Como
temos
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Além disso,
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Logo, temos precisamente
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e, assim, também quando se consideram as correntes superficiais, a magnetização é o momento de dipolo magnético por unidade de volume.
Como a relação definidora de envolve só o seu rotacional, podemos construir infinitos equivalentes adicionando a um deles o gradiente de uma função arbitrária, pois
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e
Vamos mostrar que ainda é solução da Eq.(27). De fato, vimos que o último termo dessa equação pode ser escrito, quando se insere a expressão para em termos de , como
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Acrescentando-se a um termo da forma teremos, na última equação, a adição de um termo
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que é zero, pois
e
Logo, a Eq.(27) ainda é satisfeita. A densidade de corrente não é alterada pela adição do gradiente, mas a densidade superficial de corrente é. Logo, a flexibilidade na escolha de efetivamente não existe, pois os diversos possíveis correspondem a densidades superficiais de correntes diferentes, e elas são quantidades mensuráveis. Este fato não é só de interesse acadêmico: note que
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de maneira que, se tiver alguma ambigüidade, também terá.
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Henrique Fleming 2002-12-24